Benfica inicia defesa do título com vitória, Sporting sofre para vencer e Águas Santas estreia-se a perder

 O Benfica entrou a ganhar na Liga Europeia, desta feita pela primeira vez na qualidade de campeão da prova. Na visita ao Tatran Presov, na Eslováquia, para onde os encarnados viajaram diretamente da Arábia Saudita – foram sétimos na estreia no Mundial de Clubes em terras sauditas -, Alexis Borges, Adam Juhasz e Petar Djordjic entraram com um parcial de 3-1 e, apesar das investidas dos anfitriões que tentaram colar-se na contagem, a turma orientada por Chema Rodríguez chegou ao intervalo a ganhar por 9-15.

O ladino Bélone Moreira foi imperioso, como sempre, nas alturas chave e Petar Djordjic fez aquilo que melhor sabe: marcar golos. No total foram dez com uma assistência, traduzidos em 91% de eficácia. Do lado do Presov, Lukas Urban, com meia dúzia de remates bem-sucedidos, dava rosto à tentativa de resposta dos eslovacos que nunca passou disso mesmo. Uma tentativa que nunca colocou em risco a vitória encarnada por 25-29.

Susto no João Rocha
 

O Sporting não pode gabar-se de um triunfo fácil em casa, no primeiro jogo da fase de grupos. Frente aos austríacos do Alpla HC Hard, os leões ganharam pela vantagem mínima (31-30) e bem podem agradecer a Francisco Tavares que no derradeiro segundo intercetou a bola impedido o que poderia vir a ser o empate dos visitantes.
 

Os homens de Ricardo Costa mostraram-se irregulares ao longo dos 60 minutos, permitindo que o Alpla estivessem a ganhar por três (8-11) na primeira parte, altura em que o técnico leonino pediu o desconto de tempo, mas sem grande resultado, pois os austríacos dilataram vantagem (8-13). Os vice-campeões nacionais despertaram e o inspirado Josep Folqués (foi eficaz em seis de sete remates, apenas superado pelos sete golos de Francisco Costa) devolveu a igualdade (14-14) aos 23 minutos, tal como Mamadou Gassama mesmo ao soar do fim da primeira parte (18-18).

No regresso, o Sporting esteve na frente por três golos, mas nunca disparando no comando fruto de alguns erros, compensados, todavia, pelas defesas do guarda-redes Manuel Gaspar.

Águas turvas em Espanha
 

Como estreante nesta fase da Liga Europeia, o Águas Santas não conseguiu evitar o pesado desaire (26-35) em casa do Bidasoa Irun, no grupo D. Os maiatos, que encetaram viagem na primeira fase de qualificação, abriram a contagem por intermédio de Rui Batista, o primeiro jogador na história do clube a marca na fase de grupos da prova, e fizeram o 2-0 com Miguel Pinto. A resposta dos espanhóis saiu pronta, mas Francisco Fontes colocou ainda a turma de Ricardo Moreira à frente. A inexperiência começou a fazer-se sentir quando a defesa adversária aprofundou e passaram-se oito minutos sem golos do lado português e a vantagem de cinco (13-8) para os anfitriões. O intervalo chegou, ainda assim com 16-13 no placard.
 

No segundo tempo, o ataque do Águas Santas não se traduzia em golos e a diferença de dez golos (32-23) aconteceu, Miguel Carvalho reduziu, mas o desaire era inevitável e a diferença de dez acabou por surgir com o 33-23 de Tao Gey Emparan, levando o técnico maiato a utilizar o seu último time-out. Até ao final, a distância no marcador acabou por se manter, com Miguel Carvalho a reduzir antes da buzina.