Tudo se decide na Catalunha
Um Benfica
personalizado, a fazer jus à tradição das grandes noites europeias que tem protagonizado ao longo da sua história centenária, foi traído pela ineficácia no embate frente ao Barcelona (0-1), na 1.ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. A eliminatória decide-se na Catalunha na próxima terça-feira, 11 de março.
Nem 20 segundos tinham passado desde o apito inicial do árbitro alemão Felix Zwayer e já o Benfica podia ter inaugurado o marcador, quando Aktürkoğlu, descaído sobre a direita, na área, obrigou Szczesny à primeira de muitas – e boas – intervenções na partida. E no minuto seguinte, aos 2', coube a Barreiro disparar por cima, em boa posição, dentro da área.
A excelente entrada do Benfica no jogo – alinhou com Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras, Aursnes, Kökcü, Barreiro, Aktürkoğlu, Schjelderup e Pavlidis – teve como resposta o remate de Dani Olmo, ainda dentro do mesmo minuto, que levou o esférico a passar perto do poste direito.
A formação forasteira subiu linhas e viu Trubin brilhar aos 12'. Frenkie de Jong, Lewandowski e Lamine Yamal com três finalizações – duas delas na pequena área – fizeram sobressair a qualidade do guardião internacional ucraniano das águias. O Benfica, porém, mantendo a estratégia de explorar os movimentos de rotura na procura da profundidade nas costas da defesa blaugrana, voltou a criar perigo aos 14' e aos 16'. Schjelderup, no limite da área, atirou rasteiro para defesa do guarda-redes polaco, mas Pavlidis estava em posição irregular antes de efetuar o passe. O camisola 14 das águias, dois minutos depois, a partir da direita, puxou a bola para dentro e, na área, finalizou forte para fora.
Uma incursão de Pavlidis pelo corredor central, arrancando para a baliza contrária, levou à falta de Cubarsí, perto da linha da grande área, e ao cartão vermelho exibido pelo juiz do encontro ao defesa aos 22'. O jogo deixou de ser dividido a partir de então. Kökcü bateu o livre consequente para defesa apertada se Szczesny, aos 25'. Pavlidis e Kökcü, aos 30', em dois momentos distintos, viram os seus disparos em boas posições embaterem contra Ronald Araujo e Otamendi, respetivamente. Três minutos depois, Tomás Araújo lançou longo de trivela, desde o setor recuado, para Schjelderup, mas, nas costas da defesa contrária, o extremo não conseguiu dominar a bola da melhor forma, ele que ficaria isolado frente ao guarda-redes.
O Benfica apresentava linhas subidas e o Barcelona não se aventurava nas ações de pressão sobre o último reduto contrário. Pavlidis continuava a procurar o golo e, aos 40', foi Koundé a colocar-se no caminho da bola rematada dentro da área. Perto do final da 1.ª parte, os comandados de Bruno Lage voltaram a estar muito perto do golo. Decorria o minuto 43 quando Schjelderup, no corredor esquerdo, cruzou para Barreiro, que, no primeiro poste, desviou para o segundo, onde Aktürkoğlu cabeceou para excelente defesa do guardião dos catalães. Kökcü, aos 47', com um remate fora da grande área, em posição frontal, deu início às hostilidades na etapa complementar, levando à defesa de Szczesny. Pavlidis, solicitado à entrada da pequena área por um cruzamento atrasado de Álvaro Carreras, atirou a bola por cima com o pé esquerdo. Um minuto passou, e Aursnes, na área, entre a marca de penálti e a linha limite da mesma, bateu no esférico de pé direito para nova defesa do guarda-redes contrário. Ainda aos 51', Pavlidis tentou dominar a bola na área, em boa posição para finalizar, e acabou por perder o tempo de remate.
Aos 59', já com Dahl no lugar de Tomás Araújo, Schjelderup atirou ao lado, dentro da área, ligeiramente descaído sobre a esquerda. Todavia, uma saída de bola infeliz do Benfica permitiu a finalização de Raphinha, fora da área, aos 61', apontando aquele que acabaria por ser o único golo do encontro (0-1).
Procurando reagir ao rude golpe sofrido, aos 63', coube a Kökcü atirar rasteiro ao lado. O Benfica carregou e manteve a postura determinada. Aursnes, aos 67', voltou a obrigar o guarda-redes contrário a revelar atenção. Com o apoio incessante da esmagadora maioria dos 62 437 espectadores presentes no Estádio da Luz, e com João Rego e Belotti nos lugares de Barreiro e Schjelderup, pertenceu a Aktürkoğlu, aos 77', nova oportunidade, mas... Szczesny impediu a igualdade.
No decurso do minuto 83, Belotti escapou à defesa contrária e foi travado de forma irregular dentro da área pelo guarda-redes do Barcelona. O árbitro assinalou grande penalidade, porém, com recurso ao VAR, o lance foi invalidado por posição irregular do internacional transalpino por escassos centímetros. O Benfica carregou – já com Renato Sanches e Arthur Cabral nos lugares de Kökcü e Pavlidis, respetivamente –, pressionou e chegou a ter quatro pontapés de canto consecutivos, acabando por criar a derradeira oportunidade de golo aos 90'+4'. Excelente o remate de fora da área de Renato Sanches para uma intervenção aparatosa e de qualidade do guardião polaco.
O acesso aos quartos de final decide-se na terça-feira, 11 de março, em Barcelona, a partir das 17h45 (em Portugal Continental), no Estádio Olímpico Lluís Companys. Antes, no sábado, 8 de março, às 18h00, o Benfica recebe o Nacional, em encontro referente à 25.ª jornada da Liga Betclic.
Comentários
Enviar um comentário
obrigado pelo seu comentário !!!
Siga-nos no Facebook!!! https://www.facebook.com/benficaglorios/ ☚ Visita